Quinta-feira, 10 de Julho de 2008

E3 2008: A nova cara de Resident Evil.

 

Não uso relógio no pulso. Talvez por força do hábito, ou por preferir desviar a vista do passar do tempo. “Que infantilidade”, pensará o leitor… provavelmente com razão. Mas, reconheça-se o mérito, fico em vantagem relativamente aos demais jogadores: não sofro tanto com lançamentos e propostas bem distantes.  É o caso de Resident Evil 5.

Despido de qualquer intenção hipócrita, admito que fui um dos cépticos da nova mecânica, imposta pela Capcom em Resident Evil 4. Talvez por ser um dos estóicos resistentes do já arcaico sistema dos títulos anteriores da série, senti que a mudança poderia transformar Biohazard num produto menos apetecível, e mais direccionado para o jogador ocidental. Cortar raízes foi um acto arriscado…

Como deve imaginar, aceitei a minha redenção ao comando da saudosa GameCube. A aventura de Leon em território hispânico, confirmou o foco na acção em detrimento de planos fechados e terror clássico. Ainda bem. Resident Evil 4 ressuscitou a série, num período estéril em ideias e sangue novo, dando fulgor e atenção mundial á obra dirigida por Shinji Mikami. Claro que as hormonas, de acólito do trabalho da Capcom, fervem com o anúncio de Resident Evil 5. Longe da polémica, com acusações de racismo pelo meio, a companhia nipónica decidiu situar a acção no continente africano, sugerindo um ambiente completamente díspar na identidade quase claustrofóbica do jogo original. A Capcom está determinada em desenvolver a mecânica anterior, certamente interessada na evolução natural da mesma.

Rendido à metamorfose de Leon, fiquei expectante com o regresso à forma de Chris Redfield, personagem icónico na linha narrativa de Resident Evil. A mescla saudável entre passado e prospecção bem sólida, só pode resultar noutro título de grande qualidade, que, curiosamente, marcará a estreia de Resident Evil na Xbox 360, sem o argumento da exclusividade.

A promessa está feita: estarei na fila da frente, para agarrar a nova proposta da Capcom.

 

 

Com África ali tão perto…

 

mood: sangrento
a jogar: top spin 3
artigo por Daniel Costa às 15:53
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4 comentários:
De DC_Comics_fan a 11 de Julho de 2008 às 13:01
Eu quero mais do Resident Evil 5(e rezar que um caro cavalheiro de ébano não interprete mal esta afirmação).

Acho que a Capcom está com o melhor line-up, em termos de third-parties, isto é.

RE5, SF4, Dark Void(embora este tipo de jogos normalmente não funciona muito bem em jogos)... também quero ver qual é o projeto secreto deles.

Depois, dos senhores da Platinum Games quero ver mais do Bayonetta.

Será que é um clone do Devil May Cry?

E o suposto jogo do Shinji Mikami que, diz-se por aí que vai fazer com a equipa que fez o No More Heroes...

E o Evil: The Crubicle Within, o misterioso Survival Horror da Silicon Knights que continua ainda no segredo dos Deuses.

Também quero ver se a Microsoft vai fazer má figura, este ano, as coisas não estão lá muito boas para os lados deles.

Os exclusivos não chamam muita atenção, por isso, é bom meterem o Alan Wake a marchar ou revelem um novo Killer Instinct.

Ah, se ao menos houvesse uma versão daquela música do Peter Gabriel em que no refrão gritasse "E3" em de vez de Big Time.
De Daniel Costa a 11 de Julho de 2008 às 21:59
O Mikami tem sido o renegado dos estúdios da Capcom. Parece-me que foi o melhor cenário possível. Finalmente terá a independência que tanto desejou enquanto trabalhava em Resident Evil e companhia. Também estou expectante...

"Eu quero mais do Resident Evil 5(e rezar que um caro cavalheiro de ébano não interprete mal esta afirmação)."

Espero que a equipa confirme o meu optimismo e ânsia de evolução numa formula de sucesso. Portanto concordo ahah

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Apaixonado crónico pelo mundo dos videojogos, indústria incluída, Daniel Costa assume a adição precoce, sem complexos. Adepto da escrita livre como meio de expressão primário, o jogador passou por várias publicações, como a ene3 e DSGaming (UK). Actualmente, é gestor de produto júnior na Nintendo/Concentra, e analista e colunista na Xbox Portugal e N-Portugal, em part-time. O autor do blogue pessoal Now Loading deseja boa estadia ao leitor. Também tem o hábito de assinar biografias na terceira pessoa.

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